quarta-feira, 26 de maio de 2010

Recursos

No texto anterior apareceram alguns recursos úteis...e gratuitos.

Para quem tem dificuldades com os verbos:

Conjuga-me

Conjuga-me é uma ferramenta para conjugar verbos da língua Portuguesa. Partindo do infinitivo de um verbo faz a conjugação verbal de verbos regulares e irregulares


Para quem tem dúvidas variadas:

Nota positiva

Mais sugestões?

Nunca vos aconteceu?

Conhecem uma pessoa espectacular, parece ser inteligente, tem um humor estável, uma postura selecta…melhor ainda, tem um daqueles sentidos de humor que nos fazem continuar a rir meia hora depois da piada acabar.
Essa pessoa diz tudo bem, está a correr tudo bem, vocês estão muito contentes de terem estado no sítio certo, no momento exacto e de a terem conhecido…

E algo acontece:

“Prontos, ‘tá-se bem. Não ‘tava a perceber o teu ponto de vista”.

As cornetas militares soam na vossa cabeça e vocês só pensam, se pensarem como eu (há dias que é um risco pensar como eu):

“ Eu dava-te o ponto de vista. Até te dava umas lições de português!”

O fascínio do momento passa, aquela pessoa já não é a criatura inteligente, bem-parecida e com um sentido de humor fantástico. Aquela pessoa que há minutos vos parecia tão acertada passou a ser catalogada como “normal”. Ser normal, na minha opinião, não é bom.
Todos nós já tivemos oportunidade de testemunhar como são as pessoas normais em Portugal: Descuidadas, viciadas em futebol e álcool (quando falo em vício, é mesmo algo doentio), conformistas e incultas.

Escusado será dizer que, numa apresentação de um trabalho, num exame, numa entrevista profissional ou num qualquer tipo de teste, esta falta de cuidado com a linguagem não será tolerado. Se há quem escreva e fale bem…para quê escolher quem não o faz?

É certo que todos nós comentemos erros, uns mais graves que outros. Para que não cometam estes, vamos clarificar.

NOTAS MENTAIS:

Pronto:

“adj.
1. Que não tarda, que não é moroso.
2. Rápido, que opera sem demora.
3. Imediato.
4. Activo!, diligente, que serve com prontidão.
5. Penetrante, atilado, que compreende com rapidez.
6. Acabado, terminado, concluído.
7. Preparado.
8. Mil. Disponível, desocupado, livre.
adv.
9. Prontamente.”
Muitas vezes utiliza-se para uma “quebra” no discurso, como uma virgula, ou como alteração do discurso (ou como tique e, já agora, isso também irrita!), por exemplo:
“Pronto, já percebi.”

NUNCA se acrescenta um “s” neste sentido. “Prontos”, como diz um amigo meu, são os soldados que acabaram a recruta.

Verbo Estar

Como podem constatar, há sempre uma coisa em comum. O “es”, estou, estás, estamos. NUNCA desaparece esse inicio. Escrever “Eu tou” não faz sentido algum, porque nem no verbo ter há essa conjugação.

Verbo Ter:

Vejam como se conjuga, verão como não há motivo para o confundir com o verbo “estar”.

Agora o meu favorito, o causador de grande parte das minhas guerras…rufem os tambores:

Verbo Haver:

Quem encontrar, no verbo haver, o “hades” terá direito a um jantar, pago por mim, em qualquer local à sua escolha. Até aceito ser escravizada!

Para quem não sabe, Hades é o Deus dos submundo na mitologia grega. Acho que não se referem a ele quando gritam tão bela pérola.

A forma correcta é “hás-de”, sendo a preposição “de” um auxiliar de conjugação perifrástica que, neste caso, exprimem uma certeza, ou um desejo. Podem ler mais sobre isto aqui.

Dúvidas ou sugestões?

domingo, 23 de maio de 2010

Recursos

Neste espaço esperamos uma partilha entre os utilizadores. Uma colaboração para um Português mais correcto.

Sugerido pela Manela, um novo recurso.

Trata-se de um local onde qualquer pessoa pode esclarecer as suas dúvidas relacionadas com o português.

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa


Obrigado, Manela :)

Uma contextualização

Estes textos, transcritos agora para o blogue, já estão escritos há bastante tempo. Antes de estar alojado num blogue, este movimento teve direito a um fórum.
Já decretei, há muito tempo, este projecto ao fracasso.
Não por querer que assim seja, lógico, não por não achar que tenha mérito, que seja importante para a sociedade, nem por ser difícil, não é difícil. Está condenado ao fracasso porque, infelizmente, o português, na generalidade, não se importa com a forma como diz as coisas, desde que as diga.
O importante, nos dias que correm, é poupar. Poupar tempo, poupar dinheiro, poupar poupar. Começou-se por se poupar nos acentos, passou-se para os parágrafos, chegou-se a todo o tipo de pontuação (movimento Saramago, como lhe chamo na brincadeira). Nos dias que correm, poupa-se nos caracteres. Poupa-se na identidade do texto, poupando-se no cuidado com que se escreve o mesmo.

Não se iludam, a forma como se escreve também é a forma como se vive.

Afinal, ser patriota não é escrever bem a língua do nosso país, não é ler bem, ou ler…qualquer coisa, mas ler. Ser patriota, nos nossos dias, é dar um pontapé numa bola, tocar uma vuvuzela e vencer campeonatos do mundo.
Se este fosse um movimento para apoiar o futebol nacional, nem espaço tínhamos para os comentários.

FRS.

Os recursos

Se não é o melhor, estará lá perto!

Tem um dicionário completo, correctores ortográficos ( facilitando a utilização do novo acordo ortográfico aos interessados, não eu!)...E muitas mais ferramentas, vai descobrir!

Refiro-me, claramente, a:

Priberam

Mais sugestões?

As evidências

"ERROS DE PALMATÓRIA CADA VEZ MAIS FREQUENTES ENTRE UNIVERSITÁRIOS



Boa parte dos estudantes universitários é incapaz de escrever sem erros ortográficos, encadear um raciocínio com princípio, meio e fim, interpretar um texto ou perceber o que é dito na aula. São os próprios professores a reconhecer que o domínio da língua portuguesa é uma aprendizagem que a maioria dos seus alunos não fez no ensino secundário e ainda não consegue fazer no ensino superior. As dificuldades atravessam os cursos que vão das ciências sociais e humanas às ciências exactas e estendem-se a disciplinas como História, Matemática, Física, Gestão, Jornalismo ou Ciência Política Escrita

A incapacidade de usar a língua portuguesa de forma correcta é um "mal generalizado" entre os alunos de todos os anos, avisa Manuel Henrique Santana Castilho, docente da Escola Superior de Educação de Santarém. "São raros os que conseguem organizar um pensamento e escrevê-lo sem incorrecções", diz o professor que ensina Gestão Educacional aos futuros candidatos a professores do 3º ano. Os erros vão muito além da ortografia e da gramática, conta Isabel Ferreira, que dá aulas de Física aos caloiros do Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa: "Na generalidade, escreve-se como se fala. Os alunos distorcem as palavras para permitir uma colagem entre a grafia e a fonética."

Oralidade Pior do que a escrita é a oralidade, esclarece Miguel Morgado do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Quando o desafio passa por verbalizar uma ideia ou expor um raciocínio, as fragilidades triplicam: "Há uma enorme dificuldade de os alunos conseguirem responder a uma pergunta com princípio, meio e fim." Ou uma incapacidade de começar e terminar uma frase, mantendo uma "lógica coerente", desabafa Santana Castilho. O discurso é com frequência atropelado por "frases incompletas sem um fio condutor", explica Isabel Ferreira. Nuno Crato, professor de Matemática do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), acrescenta que, regra geral, o vocabulário dos seus alunos "é pobre" e o raciocínio "vago e disperso".

Se o discurso é incoerente é porque não há um esforço de reflexão: "Logo, as intervenções orais são baseadas no improviso", defende João Cantiga Esteves, professor de Finanças no ISEG, em Lisboa. Expressar uma ideia simples é um desafio que poucos conseguem ultrapassar. "Até nos casos em que peço aos alunos para lerem textos em voz alta, a leitura é apressada sem pausas e com total desrespeito pelas vírgulas e parágrafos", diz João Gouveia Monteiro, professor de História da Idade Média e de História Militar da Universidade de Coimbra."



Artigo de Kátia Catulo, Jornal I www.ionline.pt/ 15 de Abril de 2010

O Movimento

O Movimento XKY surgiu no âmbito da disciplina de Metodologia de Projecto.

Com o evoluir das novas tecnologias, temos assistido a uma mudança generalizada da forma como comunicamos.
Começamos por alterar os meios de comunicação. Do suporte de papel passamos para um suporte informático, o que permitiu uma poupança de tempo, optimização da comunicação e aumento do fluxo das comunicações.
Justificada com a necessidade de maximizar o tempo, assistiu-se também à criação de uma “linguagem abreviada”, tentando escrever o mesmo com o menor número possível de caracteres.
Com o passar do tempo a língua portuguesa alterou-se, oficiosamente, ficando repleta de k’s e x’s, afirmando-se não oficialmente como um novo acordo ortográfico.

Com este projecto pretendemos, talvez um pouco utopicamente, fomentar a reconquista do Português correcto, quer na sua utilização académica, quer na utilização informal, mais especificamente, na internet, em sites como o facebook, hi5, blogues.


Contamos convosco para o sucesso deste projecto!